Folhetim – 25 de junho de 2019
OBLATOS DE MARIA IMACULADA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO
PREFIRO O CHEIRO DE CAVALO AO CHEIRO DE POVO
(JOÃO BATISTA FIGUEIREDO)
O Lula-livre do PT
O festival Lula-livre realizado dias atrás, e a discussão desencadeada a partir de sua realização, sobre se o movimento em defesa da Educação deve ser usado como hospedeiro da pauta única do PT, mostram falta de relevância e de projetos a que o partido está reduzido desde a Lava Jato.
O PT, na oposição a Jair Bolsonaro, aparece mais nos discursos da direita a respeito do risco da volta ao “socialismo” e da esquerda ao poder do que efetivamente incomodando o governo.
Qual a contribuição do partido até aqui para o debate da reforma da Previdência. Nenhuma. Enquanto outros partidos apresentam emendas baseadas em dados e evidências para tentar acoplar à reforma uma discussão virtuosa sobre focalização de políticas sociais para a primeira infância, por exemplo, os petistas votam em bloco contra uma medida provisória voltada a reduzir os focos de fraudes no pagamento de benefícios, sem propor nada em seu lugar.
Mesmo na pauta de costumes e de temas como segurança pública e direitos humanos, não se ouve proposição de um caminho alternativo aos retrocessos propostos por Bolsonaro. Tudo vem sempre acompanhado de uma tentativa canhestra de “resgate” de um passado lulista que é pura narrativa, com os principais líderes petistas alheios ao fato de que a maioria da população não acha que Lula é vítima de perseguição, nem está disposta a viver no passado louvando um condenado por crimes comuns.
Ataques à Lava Jato
Os da esquerda querem Lula Livre, mesmo que precisem defender a anulação de quase 160 condenações da Lava Jato, das restituições de dinheiro, pôr na rua gente como Eduardo Cunha e Sergio Cabral, cancelar o impeachment de Dilma. Se organizar direitinho voltamos para 2009, o sonho de qualquer petista.
Pela direita, Sergio Moro segue com status de super-herói, pouco importa se aparentemente agiu com imparcialidade necessária para o exercício de sua função. Afinal, se é para enfiar corrupto na cadeia, às favas com as leis.
As pessoas do centro sequem os grandes veículos, nunca os extremistas e influenciadores de direita e de esquerda; costumam se posicionar de acordo com as pautas, e não com as ideologias. São “favas contadas” que os políticos querem o fim da Lava Jato.
Conselho Nacional de Justiça
Ele decidiu em favor de Sergio Moro em todos os casos já julgados em que ele foi acusado de cometer infração no papel de juiz federal. O órgão já instalou 55 processos contra Moro; desse total, 34 chegaram ao fim e a decisão foi pelo arquivamento. Os demais não tiveram desfecho. Três estão suspensos, aguardando andamento.
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