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JUPIC › 18/03/2022

Folhetim de 18 de março de 2022

OBLATOS DE MARIA IMACULADA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

Uma luz já se levanta para os justos… celebrai e bendizei seu santo nome… (Sl 96(97), 11-12.

BRASIL REPÚBLICA. Nos 133 anos de Repúbica, só 13 pessoas (Dilma Roussef incluída), foram eleitas pelo voto direto, tomaram posse e governaram até o final. Por quê são tão instáveis a política e o poder executivo brasileiros ?!? Oito vices já assumiram a presidência, Michel Temer em caráter interino. Para cientistas políticos, há três obstáculos à estabilidade política: (1) a estrutura socioeconômica desigual herdada da escravidão – (2) um déficit democrático em nossa tradição liberal, presa a valores oligárquicos e excludentes – (3 a falta de compromisso com a “coisa pública” do cidadão, e que se reflete nos políticos.

A democracia é um sistema difícil de construir e manter, sobretudo em sociedades com muita pobreza e desigualdade como a brasileira. Na 1ª República (1889-1930) reinou certa estabilidade do poder presidencial, embora os líderes governassem em estado de sitio por longos períodos e com conflitos sociais. Mas as restrições à participação popular – mulheres e analfabetos não votavam e a política dominada por elites regionais sustentavam uma democracia precária. À 1ª República seguiram-se o governo Vargas (1930-37) e o Estado Novo (1937-45), período de instabilidade e autoritarismo em que eleições foram suspensas.

Na redemocratização, a configuração foi a contrária: delegou-se uma série de poderes ao presidente que hoje prepara o Orçamento e pode editar medidas provisórias. A ideia é que o presidente alcance a governabilidade formando uma coalizão forte depois da eleição. Esse modelo de presidencialismo de coalizão inventado em 1988, foi criticado por cientistas que apontavam a baixa fidelidade partidária, justamente como fórmula para se chegar à estabilidade política. Dilma Rousseff foi alvo de um processo de impeachment porque foi péssima gerente de coalizão… O problema estrutural no presidencialismo de coalizão brasileiro é que ele não suporta crise. A combinação de partidos sem ideologia em um contexto de crise impossibilita a formação de coalizão. Envolvidos em propinas e delações são 35 entre pessoas e empreiteiras…

A empreiteira Odebrecht teria pago R$ 4 milhões a um marqueteiro durante a campanha de Dilma Rousseff em 1914; a suspeita é que tenha sido propina da Petrobrás. O mesmo vale para um marqueteiro que pagou para João Santana. Um ex-diretor da Petrobrás acusou Lula de suposto tráfico de influência; o mesmo afirma que um pecuarista teria pago despesas em um sítio (Atibaia) usado por Lula; o mesmo acusa Fernando Collor de ter recebido propina de um banqueiro. Um outro empreiteiro diz ter entregado R$ 2,4 milhões via caixa dois à campanha presidencial de Lula. A empreiteira OAS teria pago reformas em imóveis na praia que seriam de Lula, e dívidas da campanha de Dilma. Ex-ministros do governo Dilma teriam negociado propina com a OAS; lobistas também afirmam que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, recebeu muito dinheiro de empreiteiras para dar início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff; Cunha deve se candidatar a deputado federal. Um ex-senador, poderoso nos governos Lula-Dilma, apontou Michel Temer, Moreira Franco e Eliseu Padilha muito influentes na Petrobrás. Diz mais: Michel Temer era padrinho de dirigentes estatais condenados. Aécio Neves também já foi poderoso; Aécio e Romero Jucá receberam propina. Há uma conversa entre Renan Calheiros e o ministro Aloísio Mercadante para este livrar aquele da prisão. Enfim, viva a República março – 2022

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