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JUPIC › 19/09/2022

Folhetim de 19 de setembro de 2022

OBLATOS DE MARIA IMACULADA

MINISTERIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

ELISABETH 2ª. Rainha por acaso, seu pai George VI era o segundo filho e chegou ao trono porque o irmão mais velho, Eduardo VII, abdicou para se casar com uma plebeia americana, no primeiro escândalo de grandes proporções da família nos tempos modernos. Ela estudou com professores universitários, mas nunca frequentou escola nem universidade. De vestidos discretos mas coloridos, andou pelo mundo com uma bolsa que só tinha lenços!… Ela atravessou momentos difíceis, todos eles desencadeados pela sua família. Sua coroação, em 1953, foi o primeiro evento transmitido ao vivo pela televisão. A morte da rainha às antigas com ares de modernidade é o fim de uma era abrindo um novo tempo de encanto e admiração pela solene presença da realeza na sala de estar dos plebeus. Ao mesmo tempo, dava impulso à curiosidade geral pela vida dentro do palácio. Cercada de desconfiança ao assumir, impôs-se pela determinação, rapidez de raciocínio e consciência de sua posição. Elisabeth passou por governos, guerras, crises e implosão de seu império sem perder a majestade. Nunca expressou o que pensava sobre os problemas e questões do dia a dia político e social. Mesmo tendo um papel simbólico nos rumos da nação, Elisabeth desempenhou a função de âncora da nau britânica, a figura na qual se sustentava o prestígio internacional do país. No auge da covid-19 ela apareceu em rede nacional para dizer: “nos anos que virão, todos terão orgulho da forma como respondemos a este desafio. E os que virão depois de nós dirão que os britânicos desta geração foram fortes como sempre”.

GRÃ-BRETANHA. Era a maior exportadora de Capital, de serviços financeiros e comerciais, de serviços de transportes e exportador de produtos industrializados nos séculos 18 e 19. Ela impôs o conceito “livre comércio”. Com isso nasceu outro conceito: “imperialismo”. O que diria Karl Marx, que viveu, morreu e está sepultado em Londres; e ele disse muito sobre o povo que admirava. A Grã-Bretanha foi soberana no passado. A Índia, colônia britânica desde meados do século 18, foi dividida em 1947, após o sufocamento de movimentos de independência. À esquerda criou-se o Paquistão e, à direita, o Paquistão Oriental, que em 1972 se libertou e passou a se chamar Bangladesh. A Índia é hoje o que é porque os ingleses organizaram o país e impôs a língua e a cultura inglesa numa realidade de muitíssimos dialetos e culturas. Os egípcios falam tão bem o inglês quanto sua língua-mãe; afinal, o Canal de Suez foi construído com o capital inglês. No Japão o trânsito é pela esquerda como na Grã-Bretanha. A barra de direção nos carros ingleses fica no assento do passageiro. Se você for lá, cuidado ao dirigir!… Na África algumas ex-colônias se recusam a participar do luto por Elizabeth 2a. Por lá o legado é complicado. No Quênia, No início dos oito anos em que o governo britânico colonial atacou brutalmente o movimento de libertação queniano, um milhão de quenianos foram colocados em campos de concentração pelos britânicos e desumanizados. Por isso, tem muita gente dizendo que não vai chorar por Elizabeth, porque seus familiares sofreram atrocidades feitas pelo povo dela, realidade não reconhecida completamente por ela em vida. E na America Latina os ingleses agiam como se reis fossem do continente. Portugal que o diga!…

GRÃ-BRETANHA. Colonialismo, racismo e escravagismo. O Império Britânico cometeu atrocidades, oprimiu povos e culturas, torturou e matou. Foram trezentos anos para mais em que imperou no mundo de acordo com seus valores e necessidades. A Grã-Bretanha patrulhou os oceanos e exigiu o fim do trabalho escravo. Era preciso dar um fim ao modelo econômico da Idade Média e impor um sistema conhecido como “capitalista”. Desde então o mundo nunca tivera tanta abundancia de produtos embora produzidos pela “mais-valia”. Karl Marx deve estar se remexendo em seu túmulo londrino. Aquele mundo de Marx está passando. Um outro mundo estão em gestação. O futuro vem chegando onde as pessoas não mais precisarão trabalhar… Tratar-se-á da maior transformação jamais vista. Será?!?…

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