Folhetim de 21 de junho de 2021
OBLATOS DE MARIA IMACULADA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO
TRADUÇÃO. O semanário inglês The Economist publicou um longo artigo sobre o Brasil. Nele o autor inglês residente no Brasil usou o verbo vote him out. A Secretaria Especial de Comunicação Social do governo federal viu a expressão como incitação ao assassinato de Bolsonaro. O autor de matéria de capa do semanário sobre “a década sombria do Brasil” quis dizer que a única forma de enfrentar o presidente é pela via eleitoral, com as armas do voto, as únicas que dispomos.
INDÍGENAS. Até dias atrás, a Covid-19 matou 1.060 indígenas, de 163 nações. O território yanomami sofre com o aumento de malária e com a desnutrição infantil crônica, que atinge 80% das crianças até 5 anos. Por outro lado, há uma nova geração de indígenas responsável por uma vibrante produção audiovisual, usando com naturalidade o arsenal tecnológico da sociedade “branca”. Com isso, querem reafirmar sua identidade e tomar nas mãos o poder de contar sua própria história. O que o governo federal pensa disso?
ELEIÇÕES 2022. Hoje há 33 legendas registradas na Justiça Eleitoral que dividem os recursos de mais de 3 bilhões de reais, considerando as verbas de dois fundos, eleitoral e partidário. Isso sem contar os cerca de 600 milhões de reais decorrentes da renúncia fiscal das emissoras pela transmissão dos horários eleitorais no rádio e na televisão. Você acha que a classe política está em Brasilia para fazer algo pelo bem do povo, ou embolsar aquela quantidade de reais? Porque será que não sai nenhuma reforma política nem eleitoral.
ELEIÇÕES 2022. É razoável a quantidade de cientistas políticos que afirmam que o contingente que não quer Lula nem Bolsonaro no Palácio do Planalto é expressivo.
ELEIÇÕES 2022. Até lá, sobrarão alvos, balas e presídios; faltarão escolas, saúde, estrutura familiar e cultura. Você concorda?
ELEIÇÕES 2022. O jornal O Estado de São Paulo afirma que 1 em cada 4 senadores é alvo de ação por improbidade. Ou seja, 21 dos 81 senadores (26%) que vão analisar a Lei de Improbidade Administrativa respondem ações por contratos firmados quando eram prefeito ou governador. A alteração da lei pode favorecê-los, caso se decida pela retroatividade da mudança. O jornal afirma que 37 senadores respondem por ações penais e ou improbidade; um chegou a ser condenado a 2 anos e oito meses de prisão por peculato. Os senadores investigados dizem que o uso da lei de improbidade se banalizou e defendem mudanças na legislação.
DESMATAMENTO. Paralelamente à precarização da infraestrutura e à redução de verbas do principal órgão fiscalizador, o Ibama, o desmatamento e as queimadas deram um salto no país. A estimativa é a de que mais de 11 mil quilômetros quadrado de florestas tenham sido destruídas na Amazônia Legal de 1º de agosto de 2019 a 31 de julho de 2020, alta de 9,5% em relação ao período anterior e a maior área desde 2008. Enquanto isso, há uma Medida Provisória chamada MP da Grilagem que parlamentares querem transformá-la em lei, pois segundo eles há 300 mil ocupantes dessas áreas na Amazônia, além de 146 mil fora dela.