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JUPIC › 27/10/2021

Folhetim de 27 de outubro de 2021

OBLATOS DE MARIA IMACULADA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO

E SE? E se o presidente da república fosse razoável, sensato, responsável, reverente à ciência? E se tivesse mantido médicos com autonomia no Ministério da Saúde? E se, em vez de dar ouvidos a filhos, se guiasse pela Organização Mundial da Saúde e outras agências? E se não fosse negacionista, desumano, indiferente à dor e ao pânico das pessoas e solidário com a Nação? E se não desprezasse a vacina da Pfizer, não atacasse a Coronavac, não fizesse propaanda contra as máscaras e a favor da cloroquina? Os fatos são acachapantes. Começam com o negacionismo e a “gripezinha”. Ganham corpo com a estratégia definida no gabinete paralelo do Planalto; blindam-se com aliados no Conselho Federal de Medicina e na ANS, e são massificados pelos robôs e fake news da internet. Foi assim a construção do caos, num contexto de desconstrução da imagem do Brasil, da economia, da Amazônia, da cultura, da educação, do humanismo, da generosidade, dos esforços pela igualdade. O presidente e a ministra dos direitos humanos acham um absurdo o povo querer arroz, feijão, vacina e absorvente. As prioridades são fuzis, tratoraço e cloroquina.

COMISSÃO PARLAMENTAR DA COVID-19. A comissão definiu os crimes cometidos pelo presidente. São eles: 1. Crime de epidemia com resultado em morte (recusou e atuou para retardar a compra de vacinas). 2. Incitação ao crime (estimulou a população a não seguir medidas para conter a doença). 3. Infração de medida sanitária preventiva (contrariou medidas sanitárias para conter a disseminação do vírus e provocar aglomerações). 4. Falsificação de documento particular (divulgou documento alterado sobre “supernotificação” de óbitos. 5. Charlatanismo (defendeu o “tratamento precoce” ineficaz contra o vírus. 6. Emprego irregular de verbas públicas (investiu na produção de cloroquina, sem eficácia contra a covid). 6. Crimes contra a humanidade (pela “imunidade de rebanho”, submeteu a população à pandemia de forma deliberada e foi negligente com indígenas). 7. Emprego irregular de verbas públicas (investiu na produção de cloroquina). 8. Prevaricação (não mandou investigar irregularidades sobre compra de vacinas). 9. Violação de direito social e de incompatibilidade com dignidade, honra e decoro (fez declaração com o uso de termos vulgares e causou atritos com outros Poderes). Quais obras marcarão sua administração? Costa e Silva criou o Mobral, a Funai e a Embraer | Médici, a Telebrás, a Infraero e o Incra. | Geisel reatou relações com a China, reconheceu a independência da Angola e conduziu a Petrobrás durante a crise do petróleo.

LUIZA TRAJANO. Presidente do conselho de administração da Magazine Luiza, ela teve seu nome incluído na lista das cem personalidades mais influentes do mundo da revista americana Time.

BRASILEIRO – O “HOMEM CORDIAL”. Historiadores de renome como Cassiano Ricardo e Sergio Buarque de Holanda, principalmente este que em 1936 publicou o clássico “Raízes do Brasil”, ainda hoje leitura dominante no país, construíram uma narrativa totalizadora do Brasil e de sua história. Sergio Holanda construiu uma legitimação perfeita para uma dominação oligárquica e antipopular com aparência de estar fazendo crítica social. Ele e outros muito contribuíram para contar a história do Brasil de maneira apaziguadora. Essa história é desmentida por inúmeras guerras, rebeliões, sedições e revoltas contra um projeto de país forjado em ferro, mel de cana, pelourinhos, senzalas, concentração fundiária, aldeias mortas, tambores silenciados, truculência oligárquica e chicote de capatazes. Foram quatro séculos de escravidão. Seus horrores estão por toda parte de norte a sul.

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