Folhetim de 31 de maio de 2022
OBLATOS DE MARIA IMACULADA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO
A SABEDORIA SUPREMA É A SABEDORIA DO CORAÇÃO – Alceu de Amoroso Lima
MULHERES E O VOTO. Hoje elas são a maioria do eleitorado e comparecem às urnas em maior proporção que os homens. A votação em partidos de esquerda pelas mulheres ocorre em todos os extratos de renda e escolaridade; e políticas assistenciais vêm sendo praticadas por governos dos variados espectros ideológicos, a exemplo do Auxilio Brasil no atual governo. Os partidos políticos estão atentos a isso. Eles e a plataforma de seus candidatos, vão para as urnas em outubro com marcada posição sobre os direitos das mulheres e às pautas de gênero. A esquerda e a direita nunca tiveram posições marcadamente antagônicas com relação ao papel das mulheres na sociedade. Ao contrário, a total ausência de planejamento do governo em pautas direcionadas ao eleitorado feminino ao longo das últimas décadas é coerente com um perfil de votação que independe do gênero. Diversos temas sensíveis são assuntos não nomeados por nenhum candidato em passado recente. A conquista do eleitorado feminino vai se tornando peça-chave neste ano. Restam poucas dúvidas de que, desta vez, o próximo presidente será decidido pelo eleitorado feminino.
PAPA FRANCISCO E A CÚRIA ROMANA. Mantê-la atualizada e sintonizada com as necessidades atuais tem sido uma das preocupações do Papa. Em março passado ele publicou a Constituição Apostólica “Predicate Evangelium” – “Pregai o Evangelho”. Antes do século 11, a Cúria praticamente não existia. O Papa raramente intervinha nas igrejas locais, concentrando-se na Igreja de Roma, da qual é o Bispo. Há muito esperava-se uma atualização da Cúria para reorganizá-la de modo novo e conforme as necessidades dos tempos, dos países e dos ritos. Com todas as mudanças históricas na Igreja, seja em virtude do Cisma Oriente-Ocidente, seja na abertura de novas fronteiras de missão, como a Ásia e as Américas, seja após a Reforma Protestante, a Cúria Romana teve que se adaptar. Até chegar à estrutura atual, a Cúria caminhou conforme cada tempo histórico, passando por algumas reformas. A mais recente foi do Papa João Paulo II que publicou a Pastor Bonus em 1988. O Papa Francisco com a sua atual Constituição criou um Dicastério para a Evangelização” que unifica outros dois, a Congregação para a Evangelização dos Povos” e o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. O Dicastério vai cuidar das igrejas “jovens” na África e na Ásia, e em lugares onde está há séculos mas perde vigor, como na Europa. Ao lado do novo Dicastério, aparecem outros dois: o Dicastério para a Doutrina da Fé e o Dicastério para o Serviço da Caridade. Esses dois mais o atual formam um todo unitário na ação missionária, pois representam a Evangelização, a Fé e a Caridade.
Todos os dicastérios passam a ter igual peso “jurídico” entre si, respondendo diretamente ao Papa e sem diferenciação entre “Congregações” e “Conselhos”. A Secretaria de Estado do Vaticano passa a funcionar como um poder de supervisão sobre os outros dicastérios, funcionando como uma secretaria papal voltada para a realização da unidade e da independência entre eles.
Um aspecto inovador do “Pregai o Evangelho” reside no papel dos leigos dentro da Cúria. Este aspecto deverá permitir que mais homens e mulheres profissionais possam assumir mais cargos de liderança na Cúria. Além disso, passa a vigorar um mandato de cinco anos para religiosos e sacerdotes; após esse período, via de regra, devem retornar às dioceses ou institutos de origem. Embora o mandato possa ser renovado, as nomeações não devem ser ditadas por critérios de avanço de carreira ou trocas de favores, mas por critérios de serviços.
CONFERÊNCIA ECLESIAL DA AMAZÔNIA. O Cardeal Pedro Barreto, Arcebispo de Huancayo (Perú) Dom Leonardo Steiner, (Manaus) – Mauricio Lopez, Coordenador do Centro de Redes e Ação Pastoral do “Celam” (leito equatoriano) – Dom Eugenio Coter, Bispo de Pando (Bolivia), são os dirigentes da entidade. Mais, num próximo folhetim.