O navio que trazia os três primeiros missionários oblatos chegou ao porto do Rio de Janeiro (RJ) no dia 15 de setembro de 1945, 75 anos atrás; um deles chegaria dias depois. Os primeiros quatro a chegar foram Walter Mooney, superior, e José Ryan, João Lyons e Guilherme Sheehan. Os quatro receberam obediência para o Brasil, naquele tempo oblatos podiam pediam ao superior geral para ser enviados a outros países como Brasil, Japão, Filipinas e África do Sul.
Os oblatos deveriam chegar ao Brasil em 1943, mas o então arcebispo de São Paulo (SP), para onde os oblatos viriam para trabalhar, morreu num acidente de avião. Eles precisaram esperar a posse do novo arcebispo para ele renovar o convite aos oblatos para virem trabalhar na Arquidiocese de São Paulo.
Ao chegar a São Paulo, os oblatos moraram um tempo na casa do arcebispo até achar acomodações próprias. A primeira residência foi na Alameda Itu, propriedade do dr. Frank Delaney, que se tornou um grande amigo dos oblatos. Enquanto isso, eles compraram um terreno na Alameda Franca, onde construíram a casa provincial.
Os oblatos, ainda residindo na casa do arcebispo, foram convidados para cuidar da comunidade de língua inglesa. A convite do arcebispo, Walter Mooney ficou com essa incumbência na casa provincial. Aí havia uma capela ampla que serviu para as missas dominicais para toda a comunidade da língua inglesa em toda a cidade de São Paulo. Padre Walter Mooney ficou com essa incumbência, residindo na casa provincial. Os demais partiram para outros trabalhos. João Lyons assumiu a área pastoral da Vila Alpina, na cidade de São Paulo; Guilherme Sheehan foi para Suzano, uns 50 quilômetros da capital. José Ryan foi para Poços de Caldas (MG) e assumiu a Paróquia da Vila Cruz com suas inumeráveis fazendas.
Assim começou a missão dos oblatos, que hoje conta com mais de 60 membros que atuam na Amazônia, no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sudeste. A inspiração é sempre a mesma: “O Espírito do Senhor está sobre mim porque Ele me ungiu para evangelizar os pobres” (Lc 4,18).
Texto: Pe. Pedro Curran, OMI e Pe. Miguel Pipolo, OMI.