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Justiça e Paz

1. O Serviço de Justiça, Paz e Integridade da Criação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada (SJPIC – OMI) tem sede em Roma e busca organizar-se, através de comissões, na América Latina, EUA, Europa, Ásia e África.

2. No contexto da Congregação e da Igreja, revela-se como ‘serviço’ constitutivo da ação missionária no mundo, visto ser mais que um ‘ministério’ ou ‘pastoral’ específica; trata-se de claro testemunho de fidelidade no seguimento de Jesus de Nazaré e na vivência dos valores do reino por ele inaugurado. Assim, portanto, diz respeito ao ‘estado de espírito’ missionário que torna ‘bem-aventurado’ quem colabora na transformação deste mundo no ‘jardim’ sonhado por Deus e dado de presente aos seres humanos para o bem de todos!

3. Objetivamos contribuir com uma rede de entidades nacionais e internacionais que, a partir da base, desenvolvem iniciativas de promoção dos Direitos Humanos, da Cidadania Ativa e dos valores da Justiça e da Paz.

Deste modo nos propomos também a (criar meios e) ocupar espaços nas diferentes instâncias e organismos em que são tomadas as "decisões que afetam o futuro dos pobres deste mundo", procurando assegurar a primazia dos “interesses coletivos” na definição das políticas de instituições públicas e privadas.

Justamente por isto é que o SJPIC – OMI marca presença nos Fóruns Sociais Mundiais e Regionais e nas Organizações das Nações Unidas (ONU) na condição de entidade que acompanha o Fórum Permanente dos Povos Indígenas, Direitos Humanos, Financiamento para o Desenvolvimento, Alimento e Agricultura em diversas partes do planeta. Assim, por exemplo, junto às corporações multinacionais nos EUA trabalhamos questões relativas ao investimento cidadão e à responsabilidade social das empresas em países pobres e emergentes, etc.

Na mesma direção, grande importância tem a ação apostólica dos OMI no mundo de hoje, concretizada nos inúmeros trabalhos sócio-pastorais desenvolvidos pelos missionários e seus colaboradores em paróquias, grupos de reflexão e diversas organizações da sociedade civil em que participam sistematicamente ou como colaboradores.

4. No Brasil e América Latina, de modo particular, nota-se uma clara opção dos OMI pelas chamadas pastorais sociais e movimentos populares, o ‘tópos’ privilegiado para a ação evangélica junto aos ‘pobres’ de hoje e suas inúmeras circunstâncias e problemáticas.

Em tal contexto ressurge, de forma intensa e desafiadora, a tarefa de reconstrução das relações entre ‘sujeitos’ (e entre estes e os bens da natureza) como condição fundamental para a gestação do ‘mundo novo’ que vislumbramos como ‘utopia possível’ - seja pela força da mensagem do Evangelho, seja pelas atitudes e gestos de cidadania que apontam para a necessidade de uma ‘sociedade nova’, fundada nos valores da Verdade, Paz e Justiça.

5. Nessa direção tentamos mobilizar toda criatividade, reafirmando o entusiasmo através do testemunho de nossa ação cidadã na história que construímos cotidianamente. Assim, para fazer frente a grande ‘tarefa’ e ‘aventura’ aqui descrita, será preciosa a colaboração de inúmeros ‘outros’ que sabem ‘ser’ e ‘fazer’ (a partir de suas próprias referências ideológicas e pragmáticas), contribuindo a seu modo para o bem da pessoa humana e do mundo em que vivemos. Assim, juntando forças e respeitando diferenças podemos ser melhores e produzir resultados duradouros.

Aprofundamento:

a) O que você pensa sobre a afirmativa “a dimensão da justiça e paz é constitutiva do nosso ser missionário”? Em que medida isto é realidade no apostolado oblato e na igreja? E nas casas de formação?

b) Tomando em conta as diversas realidades da província OMI e da comunidade em que você vive, indique até 03 pistas que ajudem a seguir concretizando os valores da ‘justiça’ e ‘paz’ em nossas pastorais e trabalhos sociais.

c) A partir do texto lido qual, na sua opinião, o papel de uma “comissão” de justiça e paz, seja provincial ou paroquial? Quais as atribuições, desafios e responsabilidades de seus coordenadores?